É no Pantanal que vive o maior felino brasileiro, a onça-pintada. Nos rios, baías e lagos é vasta a quantidade de peixes, moluscos, crustáceos e anfíbios. Tamanduás-bandeira e tamanduás-mirins, caxinguelês, quatis, cotias, pacas, lagartos, tatus, porcos-do-mato, queixadas e ariranhas. Há centenas de tipos de aves e peixes na região. Outros animais que vivem nesse habitat são as lontras, antas, jaguatiricas, gatos-do-mato, cachorro-vinagre, lobo-guará e cervo-do-pantanal. Na região também há morcegos, rato-do-cerrado e macacos, principalmente bugios, macacos-prego e sagüis. Ainda flamingos, biguás, socós, garças, patos, marrecos e jaburus. É grande a quantidade de espécies de formigas, cupins, aranhas e mosquitos.
O Pantanal Mato-Grossense apresenta-se como uma das mais importantes regiões do mundo, relacionadas à manutenção da avifauna. Sua grande diversidade de espécies e habitat, faz dele um rico e importante local para o desenvolvimento deste tipo de fauna, apresentando vasta oferta de alimentos, abrigo e locais para reprodução. A diversidade da fauna do Pantanal é muito grande, apresentando, segundo especialistas, aproximadamente 90 espécies de mamíferos, 700 de aves, 160 de répteis, 260 de peixes e 45 de anfíbios.
Neste ecossistema, são encontradas várias espécies da fauna, típicas de seus biomas vizinhos, como o Cerrado e a Amazônia, sendo considerada uma das mais importantes regiões do mundo para aves aquáticas, atraindo aves migratórias da região temperada. Os tuiuiús (Jabiru mycteria), os biguás (Phalacrocorax brasilianus), garças, colhereiros (Platalea leucorodia), patos das mais variadas espécies, araras, como a arara-azul
Parque Nacional Patrimônio Natural da Humanidade
O processo de avaliação do Pantanal já foi concluído em fevereiro deste ano. A Unesco inseriu a região como patrimônio por considerar o Pantanal de valor excepcional: é a maior planície alagável do mundo, o ecossistema tem habitat natural e possui espécies de animais ameaçados de extinção.
A oficial da Unesco em Cuiabá, Aldenice Bernardes Garcia, disse que a inclusão do Pantanal como patrimônio da humanidade é um “ganho incalculável para a região”.Ela explica que a partir do título, a região escolhida pode receber apoio financeiro internacional com mais facilidade. “Teremos muito mais chances de proteger a nossa natureza”.
O Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense (PNPM) foi criado em 1981 por meio do Decreto número 86.392, que tem como objetivos proteger e preservar amostras de ecossistemas pantaneiros, bem como sua biodiversidade, mantendo o equilíbrio dinâmico e a integridade ecológica dos ambientes contidos no Parque, a maior parte da região do Pantanal escolhida pela Unesco fica no município de
Poconé, no sudoeste de Mato Grosso.
O Pantanal representa o elo de ligação entre o cerrado, no Brasil Central, o chaco, na Bolívia e Paraguai, e a região amazônica, ao norte. O reconhecimento internacional da grande importância que a região pantaneira representa na preservação da biodiversidade é demonstrado pelos títulos que lhe foram conferidos, como por exemplo:
Reserva da Biosfera Mundial: Título concedido pela Conferência da Organização das Nações Unidas para a Ciência e a Cultura (Unesco), ao Pantanal Mato-grossense, em 9 de novembro de 2000;
Patrimônio Natural da Humanidade: reconhecimento dado ao PNPM, também pela Unesco, em 29 de novembro de 2000;
Sítio Ramsar: O PNPM recebeu esse reconhecido em 24 de maio de 1993, pelo fato de conter uma das maiores concentrações de fauna do neotrópico, abrigando várias espécies de mamíferos, aves, répteis e peixes, ameaçadas de extinção.
O estado de Mato Grosso, onde está localizado o PNPM, possui áreas significativas, preservadas por meio de unidades de conservação federais como o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, Estação Ecológica da Serra das Araras, Estação Ecológica de Iquê, Estação Ecológica de Taiamã.
As visitas ao Parque Nacional do Pantanal Matogrossense são autorizadas ainda de forma excepcional para divulgação das potencialidades do ecoturismo no local.
A melhor época para visitação é entre maio e setembro, quando chove menos – a partir do mês de maio, quando as águas começam a baixar, a observação da fauna torna-se melhor. A época das chuvas inicia-se em outubro e vai até abril, sendo janeiro e fevereiro os meses mais chuvosos. E a partir do mês de dezembro é grande a quantidade de mosquitos, o calor é intenso e a Transpantaneira passa a ficar praticamente intransitável devido às chuvas, dificultando o acesso ao Porto Jofre. Os pousos e dormitórios de aves na Baía do Burro são alguns dos atrativos, além da observação embarcada da vida silvestre.
COMO CHEGAR
O acesso à Sede do Parque Nacional é feito por via fluvial seguindo por 150 km descendo o rio Cuiabá, a partir do Porto Jofre (no final da estrada Transpantaneira, em Poconé/MT), ou por 230 km subindo o rio Paraguai, a partir da cidade de Corumbá/MS
ONDE FICAR
Como não existe estrutura de apoio ao turismo na região do Parque Nacional (como hotéis, pousadas ou restaurantes para acomodações e alimentação) é necessário contratar os barcos-hotéis na cidade de Corumbá/MS, ou hotel localizado no Porto Jofre, em Poconé/MT.
INGRESSOS
Não há cobrança de ingresso, porém é necessária uma autorização prévia para a visitação.
Sobre a questão de visitas ao PNPM :
Outros parques chamam a atenção por jamais terem passado nem perto da lista das dez UCs mais visitadas, embora sejam bastante conhecidos. É o caso do Parque Nacional do Pantanal Matogrossense, no Mato Grosso do Sul, que não teve registrada a entrada de um único visitante no ano passado e acumula apenas 306 visitantes desde 2012, quando passou a ter sua visitação contabilizada. Segundo o ICMBio, a falta de infraestrutura e pessoal atrapalha o controle sobre a visitação do parque.
REFERÊNCIAS :
http://blogdaemaecologia.blogspot.com.br/2010/10/conheca-mais-sobre-o-pantanal.html
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u7615.shtml
https://pt.wikipedia.org/wiki/Parque_Nacional_do_Pantanal_Matogrossense#Refer.C3.AAncias
http://www.icmbio.gov.br/portal/o-que-fazemos/visitacao/ucs-abertas-a-visitacao/195-parque-nacional-do-pantanal-matogrossense.html
http://www.oeco.org.br/reportagens/29109-sergio-brant-fala-sobre-o-recorde-de-visitantes-em-parques-nacionais-durante-2014/